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Foto do escritorWanderson Marchi

Quais as diferenças entre Modelos de Controle de Acesso?


Os modelos de controle de acesso são estruturas ou abordagens utilizadas para gerenciar e regular o acesso a recursos, sistemas ou informações em ambientes tecnológicos. Esses modelos são projetados para garantir que apenas usuários autorizados obtenham acesso aos recursos que precisam e que esses acessos estejam em conformidade com as políticas de segurança da organização.


Alguns dos principais modelos e suas características são:

Característica

RBAC

(Role-Based Access Control)

ABAC (Attribute-Based Access Control)

MAC (Mandatory Access Control)

DAC (Discretionary Access Control)

Princípio Básico

Acesso baseado em papéis e funções.

Acesso baseado em atributos e políticas.

Acesso baseado em políticas do sistema.

Acesso controlado pelo proprietário.

Unidades Principais

Usuários, Papéis e Permissões.

Sujeitos, atributos, Objetos e Políticas.

Níveis de Segurança e Regras de Acesso. Rótulos (ex: confidencial, público, restrito, etc.)

Usuários e Grupos.

Flexibilidade

Moderada, dependendo dos papéis definidos.

Alta, devido à granularidade dos atributos.

Baixa, devido à rigidez das políticas.

Alta, pois os proprietários controlam.

Atributos no Controle

Predominantemente baseado em funções.

Baseado em diversos atributos específicos.

Baseado em rótulos e categorias.

Baseado em permissões concedidas.

Adaptação a Mudanças

Moderada. Os papéis podem ser ajustados.

Alta. Atributos e políticas podem mudar.

Baixa. Mudanças nas políticas são rígidas.

Alta. Proprietários podem ajustar.

Complexidade de Administração

Moderada. Gerenciamento de papéis.

Moderada. Administração de atributos.

Alta. Configuração e atualização de MAC.

Baixa, mas o risco pode ser alto. Gerenciamento de permissões.

Cenários de Uso Comum

Ambientes organizacionais.

Ambientes dinâmicos, IoT, Cloud.

Sistemas críticos de segurança.

Sistemas pessoais e pequenas redes.

Controle Granular de Acesso

Moderado. Dependente dos papéis.

Alto. Com base em diversos atributos.

Muito alto. Com base em políticas rígidas.

Moderado. Dependente das permissões.

Vantagens, Desvantagens e Casos de uso


RBAC (Controle de Acesso Baseado em Funções)

  • Vantagens: Fácil de entender e implementar. Boa escalabilidade. Reduz a complexidade na administração de permissões.

  • Desvantagens: Pode ser menos flexível em ambientes dinâmicos. Dificuldade em lidar com políticas mais granulares.

Casos de uso:

  • Organizações Empresariais: Ideal para ambientes empresariais onde a estrutura organizacional é bem definida. Diferentes departamentos ou equipes podem ter funções específicas e atribuições de acesso.

  • Sistemas de TI Internos: Em sistemas internos de TI, onde o acesso de funcionários a diferentes recursos é gerenciado com base em suas funções ou cargos.


ABAC (Controle de Acesso Baseado em Atributos)

  • Vantagens: Altamente flexível e adaptável a cenários complexos. Leva em consideração vários atributos.

  • Desvantagens: Pode se tornar complexo com muitos atributos. Requer uma boa modelagem dos atributos e políticas.

Casos de uso:

  • Ambientes Dinâmicos: Em ambientes nos quais a complexidade das relações e atributos dos usuários e recursos exige um modelo mais flexível.

  • Computação em Nuvem e IoT: Em ambientes onde a granularidade das políticas de acesso precisa levar em consideração uma ampla variedade de atributos, como localização, horário e estado do dispositivo.


MAC (Controle de Acesso Mandatório)

  • Vantagens: Altamente seguro, especialmente para ambientes críticos. Baseia-se em políticas do sistema.

  • Desvantagens: Rigidez nas políticas pode dificultar a adaptação a mudanças. Pode ser complexo de administrar.

Casos de uso:

  • Ambientes Críticos de Segurança: Útil em ambientes nos quais a segurança é absolutamente crítica, como sistemas militares, governamentais ou financeiros de alto nível.

  • Sistemas de Saúde: Em sistemas que armazenam dados de saúde sensíveis, onde é necessário um controle estrito sobre quem pode acessar e modificar informações.


DAC (Controle de Acesso Discricionário)

  • Vantagens: Flexibilidade, permitindo que os proprietários controlem o acesso. Fácil de implementar e entender.

  • Desvantagens: Pode levar a concessão excessiva de privilégios (fugindo da boa prática do uso de “privilégio mínimo”). Menos controle centralizado.

Casos de uso:

  • Sistemas Pessoais: Em ambientes de desktop ou sistemas pessoais nos quais os usuários têm controle total sobre seus próprios arquivos e recursos.

  • Pequenas Empresas: Em pequenas organizações onde a confiança entre os membros é alta e a administração direta de permissões pelos proprietários faz sentido.


Conclusão

Com base nos dados acima, a definição do melhor modelo de controle de acessos pode variar de acordo com a necessidade do ambiente, pois a escolha depende dos requisitos específicos e do contexto do sistema ou da organização. Cada modelo tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha dependerá das necessidades de segurança, complexidade do ambiente, conformidade regulatória e outros fatores.


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